sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Este cenário não é para mim

Fazer queixinhas não é para mim. Falar mal nas costas, dizer bem na frente, ter todas as cores à disposição e pintar alguém a preto e branco, não é para mim. Acredito desde que me conheço que não há pessoas más. Há pessoas mal amadas. Há pessoas infelizes. Há pessoas invejosas. Há pessoas que têm prazer em deitar os outros ao chão para poder ficar a olhar de cima. Tenho pena dessas pessoas. Eu nunca precisei de dizer mal, de escolher aliados, de humilhar ninguém. Às vezes é preciso sair de cena para perceber bem todo o cenário. Hoje eu tive a certeza: este cenário não é para mim. Eu gosto de cores. E bem vivas.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Nothing Can Substitute Experience


Decisão tomada: vou mudar de emprego.
Quem não arrisca, não petisca, não é verdade?
Não foi nada fácil escolher o que fazer porque existem prós e contras para onde quer que me vire. Escolhi mudar pela experiência, pelo horário e pela proximidade de casa. Ainda tentaram saber se ficaria por mais dinheiro, mas aquilo que me poderiam vir a oferecer não foi suficiente para me convencer. Claro que me custa deixar os meus colegas e os utentes que já conheço pelo nome. Custa-me deixar a diretora técnica que me ensinou imenso, que sei que gosta de mim, que é flexível quando precisamos de algo e que me deixou ficar encarregue de uma área que eu adoro que é o marketing. Não vou encontrar igual do outro lado, mas preciso de abrir horizontes. Até posso encontrar melhor. Não escolhi mudar para um sítio qualquer, escolhi mudar para uma Farmácia que também é dinâmica, moderna e que explora outras áreas. Sei que vou dar o meu melhor e começar do zero não me assusta. Tenho esperança que eles também me deixem meter o nariz na área do marketing e adorava aprender mais na área da gestão. É que eu tenho o sonho louco de ter uma farmácia um dia ou ser diretora técnica e, para isso, preciso de adquirir o máximo de experiência que conseguir.

(Só vou mudar a meio de Março ou início de Abril, depois conto-vos mais novidades.)

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Desabafos de farmacêutica


A minha alma de farmacêutica rejubilou de alegria ao ler isto:
http://jwhoamis.blogspot.pt/2015/01/atchim-santinho.html

Não acho que todas as pessoas tenham de ser cultas, perceber imenso de doenças e de medicamentos. Eu também não percebo nada de agricultura, direito e engenharia. Mas chateia-me o não querer saber. Quantas vezes os farmacêuticos se recusam a vender antibióticos e as pessoas nos viram costas? Nem bom dia, nem obrigada, nem boa noite. ''Ah, mas esta gripe só passa com antibiótico''. Não, meus caros, nenhuma gripe passa com antibiótico, simplesmente porque os antibiótico ''matam'' bactérias e a gripe é de origem viral. ''Mas da última vez o médico receitou-me um antibiótico''. Pois e há dois motivos para isso, os quais passo a explicar:
Primeiro motivo - A sua gripe complicou-se e surgiu uma infeção (respiratória, por exemplo) que precisava de ser tratada com antibiótico
Segundo motivo - Se o médico não receitar um antibiótico é porque não presta. Eu já ouvi histórias de médicos que receitam antibióticos a crianças porque das vezes em que não o fazem os pais voltam lá com elas (em vez de esperarem sossegados em casa que o próprio sistema imunitário trate do vírus) e neste tempo que elas passam nos hospitais para trás para a frente, correm um risco maior de infeção. Por isso, os médicos preferem descansar os papás, dar logo o antibiótico e afastar as crianças do hospital o mais rápido possível.

Claro que existem situações em que é preciso tomar um antibiótico, mas quando se vê claramente que o doente só precisa de sopas e descanso, nós podemos aconselhar anti-inflamatórios, um xarope para a tosse, um anti-alérgico ou uma vitamina c. Não porque estas coisas são mais caras, não porque queremos vender mais, não  porque somos teimosos ou incompetentes, não porque achamos que estes medicamentos o vão curar, mas vão ajudar a diminuir os sintomas que o incomodam. Acredito que os profissionais de saúde têm de olhar pela saúde de cada um e pela saúde dos nossos filhos. Qualquer dia não há antibióticos que nos valham porque as resistências são mais que muitas.

(- Depois desta explicação, já percebeu que estamos apenas a zelar pela sua saúde?
- Obrigada pela sua atenção, mas eu vou à farmácia da outra esquina que eles vendem.)

O que vale é que eu gosto do que faço e continuo a acreditar que as mentalidades podem ser mudadas. A pouco e pouco, com paciência e esforço. Muitas vezes é preciso respirar fundo e ter muita força para dizer que não, mas eu prefiro fazer o que é mais correto, em vez de escolher agir de forma fácil.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Primeiro post didá(c)tico


Nova pergunta a ecoar no meu cérebro quando de repente me oferecem este mundo, o outro e mais um par de botas: Será só Jajão?

Should I stay or should I go?


A espera terminou. Agora vem o mais difícil... Tomar uma decisão.
Fui a uma entrevista de emprego e ligaram-me porque querem ficar comigo. Agora tenho de decidir se vou para mais perto de casa, trabalhar numa Farmácia diferente, onde não sei o que me espera, ou se continuo onde estou, a ganhar o mesmo durante um ano, mas com promessas promissoras para um futuro próximo porque não querem que eu vá embora... Vou fazer uma lista de prós e contras. Nunca saberei o que iria acontecer se tomasse a decisão contrária, mas irrita-me saber que me posso arrepender mais tarde. Qualquer lado tem riscos e eu vestirei a camisola onde quer que esteja. Resta decidir onde estarei...

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Sobre a espera


Há alturas na vida em que a única coisa que podemos fazer é esperar. Esperar é uma tarefa que exige paciência e inteligência. Esperar não é fácil e há até quem desespere. Mas quem espera sempre alcança, desde que não tenha de esperar sentado.

Há esperas e esperas. Nunca vou esperar que cresça. Nunca vou esperar pela morte. Nunca vou esperar pelo fim-de-semana ou pelo verão. Nunca vou esperar por dias melhores. Não faz sentido.

O autocarro que nunca mais chega. Os nove meses de gravidez. A sala de triagem de um hospital. O telefonema depois de uma entrevista de emprego. A resposta a uma mensagem importante. Os dias que se sucedem depois de fazermos um teste em que damos voltas à cabeça para nos lembrarmos das respostas que demos. A espera de alguém com cancro pelo resultado de um exame para saber se pode continuar com a quimioterapia. Os segundos que se sucedem a um "Queres casar comigo?". A sala de espera de uma maternidade. O trânsito. Nestas situações não há nada a fazer. Porque o autocarro chega, a barriga desaparece, o diagnóstico é feito, o telefone toca, as notas saem, os resultados são positivos, o beijo responde, o bebé nasce e o sinal fica verde...

E cá estou eu... A viver a minha vida normalmente, enquanto espero uma resposta que vai mudar o meu caminho. Não sei se vou para a esquerda ou para a direita nem posso fazer nada quanto a isso. Pelo menos nesta fase. Vou continuar a caminhar em direção aos meus sonhos, isso é certo, só não sei por onde vou...

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Nem um seguidor?


 
Ok, Rapariga do Vestido Vermelho, obrigada pelo conselho, eu não vou desistir. ;)
 
Eu sei que um milagre está prestes a acontecer na minha vida... E não estou a falar do blog. Agora vou deixar-me de conversas e continuar a escavar.
Wish me luck. 


quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Diário da minha ausência

Entre este blog e o outro, recomecei. Apaixonei-me. Viajei. Mudei de casa. Descobri que adoro cozinhar e detesto passar a ferro. Acabei o curso. Estagiei. Comecei a trabalhar. Sorri ao descobrir que ia ser tia pela segunda vez. Rezei  pela minha avó, que hoje está num sítio melhor. Administrei mil vacinas contra a Gripe. Dispensei milhões de caixas de xanax, prozac e ben-u-ron. Criei uma conta no  Instagram. Fiquei triste porque a minha melhor amiga foi para o Dubai (Turtle, sua malvada) e feliz por ela ser do Mundo. Voltei ao ginásio, baldei-me ao ginásio e, em 2015, vou treinar como nunca. Li. Pintei. Amei.
Entre este blog e o outro, sonhei. Fui muito feliz, mas não o escrevi. Escrevo-o agora, para aos 80 me recordar.